sexta-feira, 21 de maio de 2010

As ondas que a vida leva..



Uma vez o meu professor de literatura do 3º ano falou que a vida era como as ondas que vem e se vão. Não verdade, ele estava fazendo menção à música 'Como uma onda', do Lulu Santos. Mas, eu entendi direitinho o que ele estava querendo dizer.

Lembro que há certo tempo atrás, eu estava sempre prestes a 'me acabar' na praia; ou estava quase 'me afogando' no meu oceano de dilemas. Eu nunca sabia onde começava uma onda, mas sabia onde ela quebrava.

O sal que ficava na boca me fazia atentar para o que estava por vir depois: palavras ressecadas e pele ardida. A vermelhidão do corpo me deixava exposta ao\à sol(idão).Nada como um bom bloqueador/protetor sol(idão)ar fator 60. A minha pele morena sempre foi propensa bronzeamento rápido.

Eu cresci e deixei de ir tanto à praia. Às vezes lembro de quando ficava colecionando estrelas do mar e que levava um copinho de areia pra esfregar nas unhas dos pés. Diziam que deixavam as unhas limpas e branquinhas. Hoje, tenho uma micose incurável.

Gosto do barulho do mar. A maresia me deixa com vontade de dormir. Parece que se você estiver parado a onda vem e 'te beija de uma jeito molhado'. Mas, confesso, que, hoje, o cheiro que vem do mar já não é tão de maresia assim..Mas as ondas continuam levando o sal e trazendo algumas 'estrelas fecais'. Um tanto forte demais pra mim.

Sol(idão) me deixa triste. Som(bra) me deixa feliz. Calor me deixa oleosa. Frio me deixa com a maquiagem firme. Estiagem me deixa com os poros abertos. Chuva me deixa asseada refrescante. Coisas pelos quais o meu antitranspirante já está acostumado a passar. Só não é tão elegante se você está tentando arranjar um possível novo ex-namorado.

Prefiro dar um mergulho seguro numa piscina e deixar meus cabelos arrepiados. Mas nada de sol(idão). Eu sempre fujo para som(bra).

Marquinha de biquini? NO WAY! Meu sonho era fazer um topless, mas ainda vou ter que esperar um pouco.

Quem quiser ver meu corpo branco passeando por aí terá que se acostumar com a minha pouca volúpia.

Tem ar(eia) no meu maiô, sal(iência) na minha boca e mico(se) na minha unha.



(Eu escrevo de forma salgada, às vezes)

1 comentários:

Alma viajante disse...

Quando criança, não temos a 'cabeça', o amadurecimento que adquirimos quando crescemos. As vezes é preciso 'se afogar em uma onda' para aprendermos com nossos atos. Forte é aquele cara 'sufista' que 'peita' uma onda planando por cima, até o seu final.

Adorei o texto Thayse.
Beeijos.

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